segunda-feira, 3 de novembro de 2008
Noite Larga na Arquibancada
segure
seus cadarços. Hoje à noite ninguém
se mata. Nenhum corpo calha
se estender sobre as telhas
desiguais. Nenhum vôo. Tudo
há de correr bem quieto, a hora
descomposta. Bom,
cá estamos, no meio da rua,
não há mais violinos em coisa
nenhuma, não estamos,
não estamos dançando?
Não estamos dançando? Segure
seus cadarços, ouviu
bem? Hoje à noite ninguém
se mata. Estaremos felizes,
inexatos, esgoelantes,
noite larga pela arquibancada,
sorri. Me abraça.
Pelo amor de Deus, olha
a droga do passarinho
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3 comentários:
poemão, hein!
adorei , Ismar. hj comprei o synchronoscopio. minha noite esta garantida.
bjs nora
ismar, eu gosto muito desse, meio murilo mendes. gosto do refrão e gosto tb de conversar contigo. faz um tempinho. aquele abraço! a gente se esbarra por aí.
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