terça-feira, 18 de novembro de 2008

Ted Berrigan, II


Tentando traduzir outra do "Sonnets":

III
Mais forte que o álcool, mais grande que a canção,
fundo em cujos juncos grandes elefantes se deterioram,
Eu, uma ilha, navego, e minhas enseadas jogam
numa noite fragrante, referta de tristeza
ódio eriçado.
É verdade, eu choro demais. Amanheceres nascem
beijos lentos nas pálpebras do mar,
o que os outros vez em quando julgam ter visto.
E desde então estive me banhando no poema
erguendo suas flores sombreadas para mim,
e arrojadas por furacões a um lugar sem pássaros
as bandeiras despregadas, tampouco passo naus carcereiras
Ah deixa-me estourar, e estarei à deriva!
e caio de joelhos, moçamente.

e o original,

III
Stronger than alcohol, more great than song,
deep in whose reeds great elephants decay,
I, an island, sail, and my shores toss
on a fragrant evening, fraught with sadness
bristling hate.
It's true, I weep too much. Dawns break
slow kisses on the eyelids of the sea,
what other men sometimes have thought they've seen.
And since then I've been bathing in the poem
lifting her shadowy flowers up for me,
and hurled by hurricanes to a birdless place
the waving flags, nor pass by prison ships
O let me burst, and I be lost at sea!
and fall on my knees, womanly.

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