quarta-feira, 12 de março de 2008

Apartamento


o espaço é parado e pulsa, inscrição num mar de silêncio

peça à peça
desentreteço o apartamento
pé ante pé – pensemos bastante
uns tantos temporais
depois nos é dado
o lugar-comum
duma ilha; pequenas intromissões
da cafeteira
gorgolejando
pouco muda (quase nada)
se o vizinho abre uma janela
ou deixa
de abrir

outras tantas, mal amanhece
baixa a maré
as mesmas portas vão abertas
espécie de missa no quarto ao lado
tijolos
argamassa de medo

Nenhum comentário: