terça-feira, 21 de outubro de 2008
Aríete
(21 de outubro de 2008. Amanhecer)
é lento e de inúmeras
investidas
tornar-se
uma outra cor
numa estação
as ventas do trem
das sete
põem-se doidas diante
da manhã lilás
mas antes de mais nada
as minhas costas voltadas
sem paletó
aos 23 anos de idade
tornei-me ladrão internacional de partidas
mas não saberia precisar
se isto que caminho agora
é fuga
me parece contrário
sem pressa
me parece algo como passear
e quem sabe dobrando
a esquina não resolvo
ser bem tarde
abrir os braços
entre os obuses
nunca se sabe
tenho 23 anos
e suspeito
mais nenhum adeus em mim
tenho 23 anos
deferente deixo
inomináveis
os últimos 22
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3 comentários:
Bonito, cara!
Tô curtindo muito o livro.
Abraço.
se esgotar aos vinte e três
de adeus?
interessante esta casa! muito prazer!
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