domingo, 22 de março de 2009

Poesia


a distância entre dois
edifícios é insolúvel: poesia,

locus. Quantas
estilhas do percurso?

O longe se habita. Atestam
as janelas distantes
que não param de relampejar,
azuis.

Em tudo que se habita
um temporal azul, calado.
A distância entre dois
edifícios é insolúvel.

Uma garganta
cheia de pontes -- não
estivemos juntos então.

4 comentários:

alejandro mendez disse...

qué buen poema. me gustó mucho.!!!

un gran abrazo desde Buenos Aires

Alejandro

Cecília Borges disse...

bem bonito.

Renato Mazzini disse...

Foda, mil vezes foda! Grande poema, sobretudo o fecho. Sensacional.

bernardo rb disse...

olho sempre pras janelas acesas e também penso se nas apagadas não tem alguém lá