sempre que em trânsito
a mente não consegue tomar o partido
nem dos romances passageiros
nem dos reconhecimentos de vida fora
julga todas as crianças
de alguma forma
perdidas
lembra da Veronika Voss
dizendo algo como toda a gente
fica mais bonita quando se despede
repara numa das bodegas da Rodoviária
chama-se Viajantes
acha isso poético
então mete isso num poema
torcendo para que isso se torne
de alguma forma
poético para os outros também
é difícil escrever de dedos cruzados.
4 comentários:
Fala, meu caro, beleza?
Como foi a passagem por São Paulo?
Tô passando aqui por que reparei que teu blog não estava entre os meus feeds. Agora sim: assim que você escrever, saberei.
Abraço.
mas com a alma cruzada, dependo da esquina, é bem libertador.
gosto muito das suas coisas.
;)
fueda
I.
estou para descoser a tessitura dos teus textos, como dizem o entrelaçamento dos fios. mas cruzo os dedos, é só uma bobagem pós-estruturalista.
teu "dessin" continua um barato!
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